quinta-feira, 29 de março de 2012

Enriquecimento Ambiental

Quando um animal é retirado de seu ambiente natural, ele é obrigado a viver em um espaço muito diferente daquele que estava acostumado. Seu espaço físico é mais limitado, ele não sai em busca de sua própria comida, parceiros sexuais, e não precisam ficar atentos ou se esconder de predadores.
Toda essa mudança causa um stress muito grande pois o animal não tem mais desafios físicos ou mentais.
A partir desta constatação começaram a ser estudadas maneiras de tornar esse ambiente mais complexo, interativo aonde os animais pudessem ter mais desafios, tornando o cotidiano mais rico, menos previsível.
essas técnicas são utilizadas nos zoológicos e adaptadas às necessidades de cada espécie.
São cinco tipos de enriquecimento ambiental:
1. Físico
Relacionados à estrutura do local, tem a função de tornar o ambiente  mais parecido com o natural. Ex: solo- areia, pedras, terra, grama; vegetação: árvore, arbustos; Ainda a colocação de artefatos como cordas, troncos, tocas, etc. que permitam ao animal subir, balançar, pendurar, afiar unhas etc..
2. Sensorial:
São aqueles que estimulam os 5 sentidos: olfativo (introdução de odores de outros animais da mesma espécie ou de espécie diferente, ervas aromáticas, etc) , auditivo (sons - gravações de vocalizações, musicas relaxantes, etc), tátil, visual (estes útimos mais relacionados com o físico)e gustativo ( refere-se à alimentação)
3.. Alimentar: levando-se em conta os hábitos de cada espécie, podem ser oferecidos diferentes tipos de alimentos como frutas, peixes, carnes, ossos etc. As variações também podem ser da maneira como são oferecidos como por exemplo, espalhados pelo solo, na forma de sorvete, escondidos; podem variar na freqüência (diariamente ou não) ou no horário (manhã, tarde ou noite) a ser servido;
4. Social:
de acordo com a necessidade de cada espécie (de hábitos solitários ou social), pode ser criadas associações intra-específica ou interespecíficas.
5. Cognitivas
desenvolvem a capacidade intelectual, promovendo desafios mentais como a resolução de quebra-cabeças a procura de alimentos.

Os animais domésticos também tem uma enorme necessidade de desafios, já que durante muitas horas do nosso dia, enquanto trabalhamos ou fazemos nossas atividades, eles ficam presos à nossa espera., gerando um acúmulo de energia.
A falta de desafios pode causar frustrações, stress, comportamentos destrutivos, como por exemplo
- lamber compulsivamente algumas partes do corpo até se automutilar;
-destruição do ambiente- plantas, móveis, paredes etc;
-obsessão: o cão passa o tempo todo perseguindo sombra, moscas, pássaros, etc;
-movimentos repetitivos- vai de um lado á outro, formando trajetórias repetitivas;
-latidos constantes sem aparente motivo
-apatia: o animal dorme o tempo todo. Há pouco interesse em pessoas ou no ambiente;
-pode desenvolver agressividade;

Como ajudar o seu animal?
Passear é uma maneira muito legal de gastar energia física e mental ( o reconhecimento do ambiente através de diferentes de sons, imagens e cheiros); recomenda-se 2 vezes ao dia, com duração de meia hora cada, dependendo do necessidade de cada animal;
Ter sempre brinquedos para roer como osso natural cru ou sintético; coco verde; orelhas e vergalho de boi desidratados;
Promover atividades mentais com brinquedos cognitivos que associam brincadeira à alimentação (ex: kong,buster Cube, Kong Wobbler, garrafa pet recheada , etc...); além dos quebra cabeças da linha PetGames;
Colocação de arranhadores, brinquedos, quebra cabeças, prateleiras e caixas para gatos;
Ensinar truques, jogar bolinha, brincar de "cabo de guerra"  fazem parte de uma interação agradável e muito desafiadora para seus pets.

gatos brincando com petgames
http://www.youtube.com/watch?v=0si6ETAhDdc


Aonde encontrar brinquedos e outros artigos:

www.cobasi.com.br
www.doggystore.com.br
www.bitcao.com.br
www.petgames.com.br












sábado, 17 de março de 2012

Ansiedade de separação

O cão é um ser sociável e precisa do convívio da família (grupo) para se sentir seguro. Depois de retirados da mãe, muitas vezes precocemente, ele vai para um novo lar. Na nova casa é tratado com muitos dengos e toda atenção, sempre recebendo carinho e muito colo. É muito requisitado, mesmo quando está quietinho no seu canto. Quando o cão pede atenção e quer brincar, é prontamente atendido.
Quando chega a hora de sair para trabalhar/estudar os novos tutores demonstram todo o sofrimento na por deixar o novo companheiro sozinho: longas e tristes despedidas, com muitos tchaus, beijos e abraços.
O cão não sabe que essa ausência é por um curto espaço de tempo e quando o pessoal volta, é recebido com uma grande festa! O cão que estava angustiado parece dizer- “Ufa! Achei que vocês tinham me abandonado pra sempre!" e pula, late, corre, busca brinquedos, demonstrando com muita excitação a sua alegria. Os donos por sua vez dizem " ah que gracinha, olha a saudade que ele estava da gente!” ... e recompensam a euforia com mais festa, mais agitação.
Poeira baixada, o cão se senta perto/ encostado mantendo a visão e o controle da movimentação de toda a família. Fica como "sombra"  grudado com o seu tutor e mantendo-o sob vigilância o tempo todo.
Com esses comportamento, o cão pode desenvolver uma super dependência e a ausência do dono pode ser muito angustiante, muito estressante. Assim, o cão torna-se incapaz de ficar só.
Sinais de ansiedade, stress e angústia podem ser notados mesmo quando o dono está em casa e o cão não consegue manter contato visual por estar em ambiente distinto, ou simplesmente por estar preso separado do resto do grupo.
O  cão é muito observador e ele percebe rapidinho a rotina da casa, horário de entrada e saída, e principalmente o inicio do  processo da separação - se arrumar, fechar janelas, pegar bolsa, chaves etc... Essa rotina é o estopim que transforma, para alguns peludos, as próximas horas em um grande sofrimento.
Ele já começa a ficar tenso, muito nervoso, angustiado.....

E o que pode acontecer depois que os donos saem?
o cão pode:
-latir, uivar, choramingar sem parar;
- urinar/ defecar em local impróprio;
-destruir objetos/móveis
-mastigar portas, batentes, janelas ou pior, quebrar janelas e portas na tentativa de escapar/ encontrar o(s) dono (s)
-ficar agitado, ofegante,  baba muito chegando a formar poças;
-pode ter diarréia, vômito;
-falta de apetite- não bebe nem come nada até que a família retorne;
-auto destruição- lamber/roer patas rabo, ou outra parte.

O que fazer para melhorar esse comportamento?
Primeiro podemos melhorar nossas atitudes com os peludos:
-nunca dê bronca pela destruição de objetos. O cão não vai associar e vai tornar a sua chegada mais tensa;
- evitar despedidas; simplesmente sair.
-quando chegar, ignorar a festa. Espere o cão se acalmar enquanto você lava as mãos, guarda seus pertences, etc. Quando perceber que o cão está calmo, chame-o e faça bastante carinho. Recompense a atitude tranquila.
-evite que o cachorro te siga. Feche as portas ao ir ao banheiro, quartos...
-faça um cantinho (caminha, gaiola, "toca") só pra ele e recompense muito com ossinhos, elogios, brinquedos e carinho quando ele estiver por lá. Acostume-o a ficar só, mesmo com você em casa.
-quando seu cão for ficar sozinho, coloque para ele bastante distrações como brinquedos recheados de comida (Kong, Buster Cube, garrafa pet com furos, PetGames), coloque petiscos escondidos, ossinhos para roer, vergalo, orelha etc.
- e, muito importante, passeie muito com ele (duas vezes ao dia); planeje os passeios antes da saída, assim como a alimentação;
- comece a dessensibilizar sua saída. A ideia é que ele se confunda com a sua rotina e não fique nervoso ou deprimido com algumas atitudes que indicam que você vai sair. Por exemplo: pegue a chaves do carro e vá jantar; troque de roupa e leia um jornal; pegue a bolsa e sente para ver TV....

Essas mudanças vão ajudar muito!


Fique de olho, se o seu cão apresenta esses sintomas e você não está conseguindo melhoras, marque uma consulta. Juntos podemos ajudar muito seu cãozinho a se sentir mais seguro na sua ausência!!